terça-feira, 24 de março de 2015


Mordidas na creche, como lidar com essa situação



Quando colocamos nossos filhos na creche, não entendemos porque em algumas situações ele é mordido por outro amiguinho. Questões como essa deixam os pais muito angustiados, tanto de quem mordeu quanto o que foi mordido.
Para isso, é necessário que os responsáveis entendam que a criança está iniciando os primeiros contatos com o mundo e é através da boca que ela chora, mama e também brinca com os objetos levando-os até a boca para morder. Chamamos essa fase de conhecimento oral e que de certa forma é passageira. Sabemos também que a mordida pode ser uma forma de expressão de insatisfação ou de euforia por parte da criança.
O que fazer, então, nesse momento tão difícil para os pais e cuidadores da criança dentro da creche?
Em primeiro lugar, sempre se deve abaixar ao tamanho da criança e conversar com ela olhando em seus olhos. Quando o bebê entende pela sua fisionomia que você está triste ou zangado pela atitude dele, vai entendendo que o que ele fez não foi bom. Assim como, se seu filho fizer algo de bom, se deve elogiar com uma fisionomia de felicidade, já que eles ainda não sabem diferenciar o que é o bom ou o ruim.
Outro aspecto importante é a relação dos pais com a criança dentro de casa, pois as brincadeiras de mordida pela fofura do bebê podem confundi-lo do certo ou errado. Lembrando sempre que é nessa fase, antes da fala, que eles começam a se expressar oralmente e depois param de morder.
Os pais sempre devem ser avisados pela creche que a criança mordeu ou foi mordida.
Caso essa fase prorrogue por muito tempo ou a criança ainda esteja mordendo repetitivamente, sugerimos uma avaliação de psicólogos para ajudar os responsáveis e educadores a lidar melhor e compreender se existe algum outro motivo além do normal dessa fase oral.

Ana Cristina Lage


Quando retirar as fraldas?


O início da retirada das fraldas sempre gera grandes dúvidas nos pais. Esse deve ser um momento tranqüilo, considerado como parte da vida da criança e dos pais e encarado sem angústias.
O seu bebê está crescendo, tornando-se mais independente e deixando a mamãe mais livre também. É uma nova etapa, uma nova relação entre pais e criança que começa.
Os pais não devem ter pressa nesse processo. Uma criança que não tem maturidade suficiente para controlar seus esfíncteres (músculos que controlam a saída da urina e fezes) e é forçada a deixar as fraldas, pode ter sérios problemas de incontinência urinária ou de intestino preso. Portanto, não há nada melhor do que dar tempo ao tempo.
A criança precisa ter algumas habilidades para começar ficar sem as fraldas. Ela deve conseguir ficar sentada sozinha de 5 a 10 minutos, andar, falar para conseguir pedir para ir ao banheiro e tirar suas roupas que devem ser de fácil manuseio, como a de elásticos.
Geralmente, uma criança de 2 anos de idade já se encontra pronta para o início da retirada das fraldas. Nunca se esqueça que cada criança tem o seu desenvolvimento e o seu tempo para aquisição de habilidades. Respeite o momento de cada criança.
Tá chegando a hora - Uma dica para reconhecer que já pode começar o treinamento é quando a criança aponta ou comunica que está suja ou que está fazendo xixi ou cocô ou então quando se interessa pelo o que os pais ou irmãos vão fazer no banheiro.
Explique sempre o que acontece no banheiro de forma que a criança possa entender que aquele lugar é o ideal para fazer o xixi e o cocô. Deixar a porta do banheiro aberta faz com que a criança imite os mais velhos e perceba que esse “ritual” é corriqueiro.
Para iniciar o processo, compre um penico de escolha da criança e deixe no lugar em que a criança costuma brincar. A criança deve explorar o penico (não a deixe colocá-lo na cabeça) e ser estimulada a sentar nele com roupa, enquanto os pais explicam para que serve ou brincam com ela.
Quando a criança estiver familiarizada, coloque o penico no banheiro e passe as eliminações da criança da fralda para o penico na presença dela, sempre conversando e explicando o que acontece. Comece a deixar a criança de calcinha ou cueca sentada no penico.
Quando a criança conseguir passar uma grande parte do dia seca já se pode retirar a fralda. Não deixe de oferecer o banheiro ao pequenino várias vezes ao dia. Após o início do controle, ainda leva de 5 a 6 meses para que se efetue. Deve-se adaptar o vaso sanitário para a criança e estimular a utilização assim que estiver fazendo uso efetivo do penico.
Nunca retarde a ida ao banheiro quando a criança pedir. Respeite seus limites e capacidades. A fralda noturna pode ser retirada quando a criança começa a acordar seca. Isso acontece logo depois do controle diurno. As fezes são controladas um pouco mais posteriormente.
Vida sem fralda - Prepara-se para encontrar a cama molhada no começo do treino da retirada das fraldas noturnas. Isso é normal. Entre os dois e cinco anos de idade, a criança não tem total controle esfincteriano e podem ocorrer acidentes. Evite oferecer líquidos antes da hora de dormir e leve a criança ao banheiro antes de deitar ou mesmo durante a noite.
Não puna ou castigue a criança por ter fracassado. Essa atitude só atrapalha o aprendizado da criança. Elogie sem exageros quando a criança obter sucesso. Muitas vezes poderá ficar sentada no penico e no vaso sanitário sem fazer nada e assim que sair urinar ou fazer coco na roupa. É normal, o controle esfincteriano está começando. Limpe a criança e faça tudo de modo natural.
Meninos e meninas aprendem primeiramente sentados. Os meninos devem ser estimulados a fazer xixi em pé como o papai depois do controle já adquirido.
Algumas crianças regredirem nesse processo, pois podem querer chamar a atenção. Um motivo bastante comum para a regressão é a chegada de um novo irmãozinho.
Faça desse momento um período de trocas com seu filho. Dê muito amor e carinho. O único trabalho dos pais é criar condições para que o processo de aprendizado seja o mais descontraído possível.


Criança que chora demais



Por volta de um ano de idade, algumas crianças descobrem que o choro pode ser a melhor forma de conseguir o que quer. Isso é normal, pois antes de aprender as primeiras palavras, esta era a forma pelo qual se comunicava, seja quando estava com frio, com fome, com as fraldas sujas, com calor, com sede, enfim por motivos que a incomodavam.
É interessante que à medida que cresce e vai adquirindo as primeiras palavras, a criança seja valorizada por essa aprendizagem, bem como estimulada a se comunicar através da fala, substituindo o choro.
Existem casos de crianças que não conseguem desenvolver a fala porque as pessoas de sua família identificam suas vontades antes mesmo dela se manifestar. Se a crianças aponta para o filtro já lhe dão o copo com água, se aponta para um brinquedo correm para pegá-lo. Dessa forma, a família não colabora com a aprendizagem da fala, pois é preciso deixá-la se manifestar, sentir desejo, descobrir que existe uma forma de se comunicar além de apontar ou chorar.


Quando a criança percebe que através do choro consegue tudo o que quer vai fazendo com que este se torne constante nas mais variadas situações, até dar birras em supermercados ou shoppings para ganhar um presentinho que queira.
Os pais não devem ceder, mas mostrar através do diálogo que naquele momento ela não irá ganhar o que quer, até mesmo como forma de impor limites, dando uma explicação, com poucas palavras, dos motivos pelos quais isso não irá acontecer.
É importante que os pais mostrem que não conseguem entender o que ela quer dizer com o choro, mas isso quando tem a certeza de que ela consegue se expressar com palavras. Uma conversa olho no olho é uma ótima forma de mostrar que o choro não está intimidando os pais, fazendo com que cedam às suas vontades.
Aos poucos a criança vai percebendo que as palavras funcionam melhor, que consegue argumentar da mesma forma como seus pais fazem, vai se sentindo segura e tornando-se compreensiva de que nem sempre as coisas ficam como ela quer.



Problemas na alimentação Infantil 






 A conduta alimentícia necessita um guia e ninguém melhor que a mãe para valorizar este feito de grande importância no crescimento físico e emocional do filho. Como deve ser a alimentação das crianças? Idéias para despertar mais o interesse da criança pela comida e não afastá-la do prato.
- A hora da refeição deve ser agradável e necessária para a criança. Evite condicionar o castigo se não come todo o prato.
- Ajude à criança diante da percepção da comida. Sirva-lhe no prato maior a mesma quantidade de comida, de modo que perceba pouca comida dentro do seu prato.
- Pode motivá-la a colocar a mesa, deixar que ela mesma se sirva e decida e tenha autonomia sobre seus gostos alimentares.

- Sempre que puder, permita-lhe que coma com seus pais para que se aproprie aos hábitos alimentares da família, assimilando a conduta e modelos desta.
- Permitir escolher seu menu pode influenciar no êxito ou fracasso de sua alimentação. O êxito não significaria somente que os alimentos cheguem à criança, mas o desenvolvimento natural e saudável da criatura ao alimentar-se.
Não pretenda que a criança coma a mesma quantidade de alimento que você. Deixe que ela decida e coma a quantidade que necessita para satisfazer sua fome e desenvolver de forma saudável seus gostos.
Se o problema torna-se crônico e chega a criar um mal-estar emocional sem soluções na família, consulte o médico da criança. E lembre-se: cada criança é única também na alimentação, nem todas necessitam comer o mesmo.




Por que as crianças mentem? Por mais que você explique e, talvez ponha de castigo, seu filho insiste em inventar histórias para os coleguinhas e mesmo para você. Como lidar com esta situação embaraçosa? Saiba aqui.
No período da primeira infância, de 0 à 6 anos, a linha entre o real e o imaginário fantástico é bem tênue, portanto é normal que a criança diga que viu um inseto embaixo da cama, por exemplo, ou uma pessoa olhando para ela. Logo, ela pode ter fantasiado ou imaginado essa situação, assim, não mentiu, apenas imaginou, fantasiou. Mas, se o problema persiste um pouco mais, é preciso tomar algumas atitudes.

Como os pais devem agir?

Antes de tudo, os pais precisam assumir que são responsáveis pelo amadurecimento do filho.  Isso implica em enfrentar esses problemas e fazer a criança entender o que é certo e errado, por meios de palavras e conversas claras e sem agressividade.
Se o seu filho mentir, faça-o perceber que foi errado e mostre o quanto é importante ser sincero. Dê exemplos do seu dia-a-dia, no trabalho, da sua infância, enfim, exemplos que ele possa entender.
A especialista em comportamento infantil Suzy Camacho afirma que a atenção maior dos pais deve estar voltada às mentiras maldosas, que foram premeditadas para prejudicar alguém ou tirar vantagem. No caso de roubo, os pais podem fazer com que a criança reconheça o erro diante da pessoa lesada, fazendo a devolver o objeto e pedir desculpas. O constrangimento normalmente faz com que a criança não volte a roubar novamente. Se houver continuidade deste comportamento deve-se procurar o apoio de um profissional.

O que os pais devem dizer?

- Sobretudo não chame a criança de mentirosa. Isso não vai funcionar, pois só reforça a imagem negativa e vai, provavelmente, provocar a continuidade do comportamento inadequado.
– Por mais que esteja nervoso, respire fundo e explique com calma as consequências negativas de uma mentira (ou roubo) com exemplos práticos e compreensíveis para a idade. Se o ato prejudicou alguém, deixe claro porque é errado fazer isso e faça-a pensar se ela gostaria que alguém agisse assim com ela.
– Controle-se. Não grite com a criança para obrigá-la a dizer a verdade, pois isso só a intimida ainda mais. E, por medo da bronca, pode desencadear ainda mais mentiras.
– Se suspeitar que a criança está mentindo faça perguntas genéricas. Como foi o passeio? Estava bom na escola? Depois de algum tempo volte a fazer as perguntas e compare as respostas.
– Castigá-la duramente não é, por incrível que pareça, a melhor tática. Só fará com que ela minta mais ainda para fugir das punições. Sua reação deve ser firme mas controlada, sem agressividade.
- Muitas crianças pensam: “Você está me punindo por que descobriu a verdade”. Para elas, a punição não está associada à mentira, mas ao fato de ter sido desmascarado. Da próxima vez, essa criança vai caprichar mais nas suas artimanhas, dissimulações e disfarces. A punição deve ser o último recurso, não o primeiro.
– Lembre-se que você é o herói ou heroína de seu filho e ele segue os seus exemplos. Então, nada de mentirinhas úteis: “Diga que a mamãe não está . Fale que estou tomando banho”. Não minta e nem peça para seu filho mentir.




Os cuidados que devemos ter  ao pegar uma criança






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