terça-feira, 31 de março de 2015



Por que virar cambalhotas?



Mãos no chão, pés empurrando o chão... O quadril vai levantando, a nuca encosta no chão e, opa! Que delícia! O corpo vai rolando...
A emoção de estar de cabeça para baixo, a incerteza de onde se está no espaço e a vertigem combinadas fazem da cambalhota uma atividade apreciável para a maioria das crianças.
O primeiro objeto percebido pela criança é o seu próprio corpo. A criança o percebe por meio de todos os sentidos. Seu corpo ocupa um espaço no ambiente em função do tempo, capta imagens, recebe sons, sente cheiros e sabores, dor e calor, movimenta-se... A entidade corpo é centro, o referencial. Assim, o corpo vai ser utilizado como meio de ação, de conhecimento e de relação com os outros. Por meio do movimento, as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem.
De acordo com Piaget, a atividade lúdica surge, primeiramente, sob a forma de simples exercícios motores, dependendo para sua realização apenas da maturação do aparelho motor. Sua finalidade é tão-somente o próprio prazer do funcionamento, a conquista do corpo. Esses exercícios motores consistem na repetição de gestos e movimentos simples, com um valor exploratório, porque a criança os realiza para explorar e exercitar os movimentos do próprio corpo, seu ritmo, cadência e desembaraço, ou então para ver o efeito que sua ação vai produzir. Movimentando-se, a criança descobre os próprios gestos e os repete em busca de efeitos.
Nesta etapa de desenvolvimento é muito importante a valorização das ações da criança e o incentivo à exploração de todas as formas possíveis de expressão. Como na infância ela está em pleno desenvolvimento motor, quanto mais experiências ela tiver nessa época, mais fácil será depois para ela aprender coisas mais complexas.
O rolamento, popularmente conhecido como cambalhota, é um padrão de movimento fundamental que faz parte dos esportes como ginástica acrobática, artes marciais, natação (virada olímpica), mergulho (entrada na água), dentre vários outros.
Ao virar cambalhota, a criança desenvolve a adaptação e domínio da alternância dinâmica de posições corporais e experimenta a sensação de rolar e recuperar o equilíbrio, promovendo adaptação às rotações. Além disso, exige da criança um controle muscular, dá elasticidade à coluna e trabalha toda a circulação. Quanto mais ela se dobra, se arredonda, mais músculos vai utilizar e a circulação trabalha, oxigena o corpo.













Fazendo brigadeiros...huuuuummmm delícia


Confecção de Brigadeiros



Objetivos:
1.   A oficina de culinária tem por objetivo principal favorecer e estimulara a criança quanto a alimentação saudável, a origem dos alimentos e seu preparo.
2.   Oferecer de forma lúdica às crianças, atividades que envolvam os alimentos e reforcem suas características nutricionais, através do manuseio e observação de cores , formas e sabores diversos;
3.   Unir-se à família como aliada na criação de hábitos alimentares saudáveis;
4.   Aprender o poder nutritivo dos alimentos (vitaminas, carboidratos, gorduras, etc.)
5.   Levar receitas e hábitos alimentares novos para a família



Objetivos específicos:
– Trabalhar de formas multidisciplinares diversos conteúdos escolares
– Elevar a auto-estima do aluno (sentir-se útil ao preparar uma receita)
– Trabalhar em equipe (aprender e respeitar as regras de convívio)
– Aprender bons modos à mesa (mas nada substitui a família)
– Transmitir a aprendizagem de sala de aula para os familiares
– Aprender a experimentar









Hábitos de Higiene
– Ensinar e seguir algumas normas de segurança e higiene na preparação dos alimentos:
– Lavar sempre as mãos com água e sabão
– Prender cabelos na touca ao manipular alimentos

Coordenação Motora
– Proporcionar atividades como misturar, enrolar, abrir embalagens, etc. desenvolvem a coordenação motora.








segunda-feira, 30 de março de 2015


Por quê fazer registro?



caderno de registros do professor
Muitos educadores veem os registros como um recurso formal de comprovação dos trabalhos realizados com as crianças para atender às solicitações da coordenação, dos pais e até das supervisoras das instituições públicas de educação. 
balão de perguntaSerá que é só isso?
Os registros, quando realizados com liberdade e até criatividade podem alimentar o educador e fazê-lo crescer na sua visão e percepção dos processos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças. E em seu próprio repertório profissional.
Dessa forma, juntamente com a observação está o registro daquilo que o educador percebe – anotações, fotos, produções, tudo para registrar as descobertas, as dificuldades, as conquistas e as possibilidades.
Com os registros em mãos, o educador tem a sua matéria prima valiosa para pensar, para refletir sobre o que está acontecendo e o que pode acontecer. Ninguém tem memória para guardar tudo o que vê e vivencia nas 10 horas da rotina, multiplicadas pelas 20 ou mais crianças da turma! Sobre este material então, pode-se pensar nos fatos, na realidade da turma. E isso leva a uma avaliação ampla e também específica: quem está conseguindo o quê, quais habilidades e potencialidades precisam ser trabalhadas, como conduzir o dia a dia para contemplar as demandas e… como pode ser o projeto a partir das pesquisas e interesses das crianças!
Sendo assim, o registro deve servir principalmente a esse processo de ser professor e educar antes de “comunicar” ocorrências a outras pessoas. Então, para cumprir a função pedagógica ele precisa de uma liberdade individual que favoreça o mergulho pensativo e criativo no ocorrido e na atitude de criar e planejar.
Segundo a educadora Gisa Picosque,
 “o registro é um dispositivo de criação tal qual uma alavanca, um trampolim, uma mola para percepção e imaginação, impulsionando o olhar sobre a experiência, fazendo viver algo do que ocorreu em outro momento e de outra forma. (…) Cadernos (registros) são, sem dúvida, colaboradores e ferramentas para a elaboração da frágil arquitetura das certezas. O maior legado desse pequeno objeto é o fato de proporcionar um território de experimentação, quase sempre livre de controles, para propósitos sensíveis.” (trecho do texto Do caderno de registro: a escrita de si, julho/2012)
Talvez a abordagem para o registro seja viabilizar um terreno, um espaço do individual e um espaço mais objetivo para informações que possam ser compartilhadas. Nesse sentido, o espaço livre PRECISA SER PREENCHIDO, de alguma forma, particular ou não, para que o processo pedagógico de educar se desenvolva.
seta horizontalOs registros e as crianças
Os registros por meio de fotos e da própria produção das crianças, colocados de forma acessível para os pequenos, trazem a memória do que foi realizado, das experiências vividas e dos aprendizados. As crianças se reconhecem e identificam suas conquistas.
seta horizontalOs registros e as famílias
Estando acessíveis às famílias as informações são compartilhadas e pais e responsáveis podem compreender melhor o trabalho desenvolvido na creche.
seta horizontalOs registros e a creche
Estes registros são a memória viva da creche.  É um arquivo rico de referencias e também podem contar a história do que é tradicional e ritual para a instituição.
Registro é muito! Registro é história! Registro é tudo em se tratando de memória!

O que pensar, o que escolher, como é o desafio de planejar o imprevisível?
Planejar o imprevisto - Figura Circulo Virtuoso do Educador

Tudo começa com o ciclo virtuoso das ações do educador. Para planejar projetos de pesquisa que ampliem as experiências da infância e favoreçam as aprendizagens, o educador deve observar e ouvir sua turma e o que brota nos momentos da Rotina: os interesses, as demandas, as descobertas, os assuntos que estão bombando entre as crianças.
Juntamente com essa observação está o registro daquilo que o educador percebe – anotações, fotos, produções, tudo para registrar as descobertas, as dificuldades, as conquistas e as possibilidades.
Com os registros em mãos, o educador tem a sua matéria prima valiosa para pensar, para refletir sobre o que está acontecendo e o que pode acontecer. Ninguém tem memória para guardar tudo o que vê e vivencia nas 10 horas da rotina, multiplicadas pelas 20 ou mais crianças da turma! Sobre este material então, pode-se pensar nos fatos, na realidade da turma. E isso leva a uma avaliação ampla e também específica: quem está conseguindo o quê, quais habilidades e potencialidades precisam ser trabalhadas, como conduzir o dia a dia para contemplar todas as demandas e … como pode ser o projeto a partir das pesquisas e interesses das crianças!
E ai, bingo! Chegamos ao planejamento interessante, estimulador, adequado e repleto de possibilidades e brincadeiras! Não tem como dar errado!
ciclo virtuoso do educador

Um roteiro para começar registro e planejamento




Na primeira parte desse post abordamos o olhar para o Registro. Pensamos num roteiro para orientar a percepção do que registrar durante o desenvolvimento das propostas:
  • perceber o grupo no coletivo
  • olhar as crianças individualmente
  • notar o aproveitamento de espaços e materiais
  • identificar as pesquisas, interesses e contribuições das crianças
Propomos o desafio de experimentar seguir o roteiro e realizar anotações sobre as atividades que o professor já tivesse planejado. 
 Ficha de Observação
Nessa segunda parte vamos completar a reflexão sobre o registro e planejamento: como utilizamos as informações registradas? Como damos encaminhamento aos conteúdos que levantamos nas observações?
Cá entre nós… será que é tanto trabalho só para fazer os relatórios que entregamos para os pais e a coordenação?
Depende!
Se as suas anotações forem parar num cofre ou numa caixa fechada, que ao final do semestre a camada de poeira vai provocar rinite, então seu trabalho só justifica a burocracia dos relatórios sem significado.
Por outro lado, se ao final da semana, quando você for fazer o planejamento de atividades, acessar seus registros para dar encaminhamento sobre aquilo que PENSOU e REFLETIU, então suas anotações valerão ouro! Porque seu planejamento vai fluir, seu trabalho pedagógico vai estar cada vez mais adequado aos interesses e necessidades das suas crianças e o amadurecimento e desenvolvimento delas vai ser uma realização!
Roteiro para começar a refletir sobre os registros
O que eu posso refletir
Com o registro dos fatos em mãos, seu olhar já passeou pelas ações, emoções e descobertas das crianças. Sua atenção também percebeu as relações, os conteúdos que surgiram e as conquistas. Assim, é hora de Refletir sobre tudo isso!

Ficha de Reflexão
Olhar para o coletivo
Como o grupo se comportou diante da proposta?
  • Quantos se envolveram de fato e quantos fizeram outras atividades?
  • Que ajustes devo fazer no tempo de duração para a próxima vez?
  • Como foi a introdução (o despertar para o tema), o desenvolvimento (o explorar e descobrir) e a finalização da proposta (acabando a brincadeira suavemente)? Para saber mais sobre essa questão acesse o post Educação Infantil: planos e propostas. O que pode ser mudado e o que deve ser repetido? Que ajustes devo fazer na estrutura da proposta?
  • Quais aprendizados ocorreram com mais frequência?
  • Quais dificuldades surgiram no grupo?
  • Quais encaminhamentos estas informações indicam?
    • Comportamento
    • Aprendizagem
    • Dificuldade
Balão numero 2Olhar para o individual
  • As crianças selecionadas para a observação foram acompanhadas durante a atividade? O que foi registrado?
        • Dificuldades nas ações, de relacionamento, de entendimento etc.
        • Conquistas
        • Participação
        • Autonomia
  • O que posso trabalhar/desenvolver individualmente com as crianças observadas?
  • O que posso trabalhar/desenvolver com todas as crianças a partir da observação individualizada?
  • Como posso trabalhar as dificuldades e conquistas identificadas?
  • Quais crianças serão observadas no próximo período ou na próxima proposta?
Balão numero 3Olhar para o uso dos espaços e dos materiais
  • O espaço escolhido para a atividade foi adequado? Ele enriqueceu? Fez diferença? Pode-se pensar em outro espaço para repetir a proposta com novos estímulos?
  • Os materiais utilizados foram adequados aos objetivos?
  • Quais espaços e materiais “prenderam” as crianças na exploração? Como se deu essa exploração e pesquisa?
  • Quais espaços e materiais não foram suficientemente explorados e podem ser repetidos?
  • Como contribuir para a ampliação da pesquisa e experimentação dos materiais e espaços, modificando, trazendo novos elementos etc.?
  • O que precisa ser ajustado para contribuir com uma autonomia segura de exploração?
Balão numero 4Olhar para os interesses, pesquisas e contribuições das crianças
  • As crianças apresentaram interesses e pesquisas que podem ser aprofundadas? Quais foram? Quais crianças trouxeram as contribuições?
  • Esses interesses foram compartilhados por outras crianças?
  • Quais interesses vêm se repetindo?
  • Quais temas foram mais solicitados e permitem desenvolvimentos:
    • na ampliação da proposta apresentada
    • em projetos específicos
  • Quais temas podem ser ampliados com algumas das crianças (interesses individuais)?
Essas informações pensadas e refletidas vão constituir a matéria prima para os próximos planejamentos. Sabendo as necessidades e interesses das crianças por exemplo, fica mais fácil pesquisar e criar as próximas propostas de atividades. Entendendo as dificuldades de cada criança é provável que o professor consiga prever os comportamentos e as formas de contornar situações de estresse, apresentando, por exemplo, alternativas de materiais e atividades para pequenos grupos.

sexta-feira, 27 de março de 2015



"Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado."



Homenagem aos Funcionários  


 ESTER- DIRETORA 

CRISTIANE- COORDENADORA PEDAGÓGICA 

ROSIMEIRE-(NINA)- COZINHEIRA  

HELENICE - AUX. DE COZINHA 

CICERA- AUX. DE LIMPEZA 

GISELE- PEI
WALQUIRIA-MGIA/ ROSELMA - BIIB / VANESSABIIC  -PEI

 ELISANGELA - VOLANTE / CLEONICE- PEI / EDVANDA -PEI





RECREAÇÃO MINI - GRUPO I / B



Segundo Gouvêa 1963 recrear é educar, pois a recreação permite criar e satisfazer o espírito estético do ser humano ricas possibilidades culturais, permite escapar do desagradável, utilizando excesso de energia ou diminuindo tensão emocional; é experiência, complementa atividade compensadora, descarrega impulsos agressivos, fuga de pressão social que provoca frustração, monotonia ou ansiedade.


Prof. Giseli









Mini Grupo I A B C

As praticas vivenciadas  Bebês e crianças precisam de espaço e materiais diversificados para experimentar, explorar e expressar aqu...